sexta-feira, 15 de novembro de 2013

A FUGA




Fuga

Quando te debruças 
nas planícies sem vento
ou em vertigens de inquietações,
é dos meus dedos
que nascem carícias
ou apelos,
no corpo ou na alma, em ti.
Do meu outono, és primavera
tão sensual a enfeitiçar-me
que o meu coração se arruína
e dilata,
e o vinho do céu destilado por ti,
circula por mim,
tornando a minha carne desperta.
E vou fugindo ao inverno e ao frio
no adolescente com asas que,
sempre que é dia,
da minha boca voa para ti.


Poema: Nilson Barcelli © Novembro 2013
(Talvez aproveite A FUGA por uns tempos)

2 comentários:

  1. Obrigado pelo destaque que deste ao meu poema, publicando-o neste teu magnífico blogue. E escolheste bem a foto, gostei.
    Betinha, tem um bom fim-de-semana.
    Beijo, querida amiga.

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  2. Muito Obrigada amigo Nilson.
    È o minímo para teu valor máximo!
    bjinhos de bom fim de semana com muito frio.

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