quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Jurando de não Mais em Outra Ver-me:




Jurando de não Mais em Outra Ver-me:

Como quando do mar tempestuoso
O marinheiro todo trabalhado,
De um naufrágio cruel saindo a nado,
Só de ouvir falar nele está medroso;

Firme jura que o vê-lo bonançoso
Do seu lar o não tire sossegado;
Mas esquecido já do horror passado,
Dele a fiar se torna cobiçoso;

Assi, Senhora, eu que da tormenta
De vossa vista fujo, por salvar-me,
Jurando de não mais em outra ver-me;

Com a alma que de vós nunca se ausenta,
Me torno, por cobiça de ganhar-me,
Onde estive tão perto de perder-me.

Luís Vaz de Camões, in "Sonetos"

sexta-feira, 6 de novembro de 2015



Quando
Coral a capela!
A areia pareceu papar
Naquele instante,
Eco visionário.

Um gole de silêncio
Um gole de solidão,
D’outro d’um verso
A ser versado, enfim,
Um poema ainda
Sem poesia.

Caminho de flores,
Janelas em tons nostálgicos
Como a melodia
Da camisola longa deixando
O corpo a pele nua, o entalhe
Em tons de amar.

Auber Fioravante Júnior
 

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

SOMENTE UMA LUZ.



A TODA A MINHA FAMILIA E AMIGOS QUE PARTIRAM.



A saudade eterniza a presença de quem se foi. Com o tempo esta dor se aquieta, se transforma em silêncio que espera, pelos braços da vida um dia reencontrar.
- Pe. Fabio de Melo

A saudade existe não porque estamos longes. Mas porque um dia, estivemos juntos.