sexta-feira, 27 de setembro de 2013

SOU PESSOA DE DENTRO PARA FORA!

minha imagen
Sou pessoa de dentro pra fora.
 Minha beleza está na minha essência e no meu caráter. 
Acredito em sonhos, não em utopia. 
Mas quando sonho, sonho alto. 

Estou aqui é pra viver, cair, aprender, levantar e seguir em frente.
Sou isso hoje...
Amanhã, já me reinventei.
Reinvento-me sempre que a vida pede um pouco mais de mim.
Sou complexa, sou mistura, sou mulher com cara de menina... E vice-versa. 

Me perco, me procuro e me acho. 

E quando necessário, enlouqueço e deixo rolar...
Não me dôo pela metade, não sou tua meio amiga nem teu quase amor. 

Ou sou tudo ou sou nada. 
Não suporto meio termos. 
Sou boba, mas não sou burra. 
Ingênua, mas não santa.
Sou pessoa de riso fácil...e choro também!



Tati Bernardi


sábado, 21 de setembro de 2013

Este Amor Infinito e Imaculado....




Querida, o teu viver era um letargo, 
Nenhuma aspiração te atormentava; 
Afeita já do jugo ao duro cargo, 
Teu peito nem sequer desafogava. 
Fui eu que te apontei um mundo largo 
De novas sensações; teu peito ansiava 
Ouvindo-me contar entre caricias, 
Do livre e ardente amor tantas delicias! 

Não te mentia, não. Sentiste-o, filha, 
Esse amor infinito e imaculado, 
Estrela maga que incessante brilha 
Da alma pura ao casto amor sagrado; 
Afecto nobre que jamais partilha 
O coracão de vícios ulcerado. 
Não sentes, nem recordas, já sequer? 
Quem deste amor te despenhou, mulher ? 

Eu não! Se muitos crimes me desluzem, 
Se pôde transviar-me o seu encanto, 
Ao menos uma só não me recusem, 
Uma virtude só: amar-te tanto! 
Embora injúrias contra mim se cruzem, 
Cuspindo insultos neste amor tão santo, 
Diz tu quem fui, quem sou, e se é verdade 
O opróbrio aviltador da sociedade. 

Camilo Castelo Branco, in 'Poema dedicado a Ana Plácido (1857)'

domingo, 15 de setembro de 2013

A CIÊNCIA DO AMOR...


A CIÊNCIA DO AMOR
O amor é um acordo que nos escapa
premissas traficadas sem certeza noite fora
em casas devolutas, em temporais, em corpos que não o nosso
aluviões para tentar de forma contínua
num sofrimento corrosivo que ninguém consegue
não chamar também de alegria
Pensamos que quando chegasse as nossas vidas acelerariam
mas nem sempre é assim:
há emoções que nos aceleram
outras que nos abrandam
Um mês ou um século mais tarde
movem-se ainda,
tão subtilmente que não se notam

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

DA MINHA JANELA,OLHO A CIDADE!!




Esta cidade que habita.
Existe um rasto de silêncio pelas
ruas desta cidade onde moro. O meu corpo
tece horas já e nada se apaga como antes.

Onde estou, o frio é incessante e
às minhas mãos queimam-se fotografias como
se o passado não existisse mais.

De hoje em diante, irei apagar-me
em cada dia, para que nada reste dentro de mim
ou dentro da garrafa vazia.

Por isso te vejo a desaparecer
rapidamente, como um dente-de-leão ao vento
da minha voz, ao agredir-te sem que te
doa ou marque para sempre.

E para que os dias passem, bebo-me
de dentro das mãos. Como um vinho verde
que me corre no corpo e assim a visão do mundo
é mais carente - o frio que sinto é da
cidade.

Nada mais existe por aqui que me prenda
ou que me faça ficar. Visto a mala para
pensar na partida, carrego-me pela porta até
ao jardim que se estende lá fora, sem luz  sem sol
nem calor.

Os meus pés já não caminham porque
não sabem. Porque todas as cartas me ensinaram
que a maneira como se pisa um ladrilho é igual
à de pisar um rosto

mesmo que de tal não se goste.

Por isso perco os sentidos nesta cidade
sem polícia e sem refúgios - como se fosse eu
o último a perder-me nas ruas labirínticas e
planas onde o vento me espalha a memória como
água em papel.



Sérgio Xarepe

sábado, 7 de setembro de 2013

VARIAR É PRECISO!!



Ok.aqui fica a receita:
Compra-se massa para cannellonis.pq fazer em casa,leva muito tempo.Faz-se o picado.Faz-se o creme.e finalmente,estende-se a massa,enrola-se em rolinhos,tendo o cuidado de os fechar numa das extremidades Enchem-se com o picado,um por um.No tabuleiro,deita-se o creme ja preparado,(2chavenas de leite e 1 de farinha mexendo sempre até ficar no ponto)Após o tabuleiro coberto,colocam-se os cannelones já previamente recheados com o picado,volta 

a cobrir com o molho e vai a forno até ficarem tostadinhos.

BETINHA CORREIA

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

SONETO DO AMIGO

Soneto do Amigo


Enfim, depois de tanto erro passado
Retaliações
Tanto perigo!
Eis que ressurge noutro, o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.
É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo
Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover 
E a disfarçar com o meu próprio engano. 
O amigo:
Um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...
Viniciu de Moraes