sexta-feira, 26 de julho de 2013

LUA DOS AMANTES....

Olho-te na luz da lua
na fresta que vem da janela
entreaberta
onde as cortinas esvoaçam
ao leve toque da brisa
Gosto quando ficas assim
nesse silêncio contemplativo
como se me olhasses
e me visses por dentro
porque sou
o que minh`alma espelha.
Gosto quando me abraças
numa doce carícia
e me afagas os cabelos
E quando suspiras
ao compasso do meu peito
onde te aconchegas
fazendo ninho
E no toque dos teus dedos
desfaço-me dos meus medos
e me entrego
e nessa hora,
a lua sob um céu distante
esconde-se tímida
pois a noite é dos amantes
e,á luz da lua
toma-me que sou tua...


Verónica Almeida
Outubro de 2007
(imagem da Net)

sábado, 20 de julho de 2013

ROSA SEM ESPINHOS.


Rosa sem espinhos

Vem,
traz a rosa sem espinhos nas mãos
para te deitares
na minha calma de linho.
Verás que as pedras são líquidas
e que delas
vão nascer peixes vermelhos
que crescem
com as nossas palavras de amor.

Vem,
traz a alma descrente na boca
para te converteres
na minha fome de ti consagrada.
Verás que a querença
te levará aos meus braços
e que deles
brotam convites suaves
que vão morrer
na praia dos nossos beijos de vida.

Vem,
traz o corpo sem freios na mente
para te deixares
invadir da minha loucura de amor.
Verás que as pedras deixam a carne
e que os peixes voam,
enquanto dos nossos beijos
nascem espasmos de luz
que vão transbordar de seiva e abrir
a tua rosa sem espinhos.


Poema: Nilson Barcelli © Julho 2013

segunda-feira, 8 de julho de 2013

EU...

         ESTE BLOGUE VAI DE FÉRIAS,
                    MAS VOLTA!!!


IMAGEM DA NET

A coisa mais indispensável a um homem é reconhecer o uso que deve fazer do seu próprio conhecimento."Tema: - Conhecimento-                 Platão


sexta-feira, 5 de julho de 2013

SONETO A QUATRO-MÃOS




Soneto a quatro-mãos 

Tudo de amor que existe em mim foi dado
Tudo que fala em mim de amor foi dito
Do nada em mim o amor fez o infinito
Que por muito tornou-me escravizado.

Tão pródigo de amor fiquei coitado
Tão fácil para amar fiquei proscrito
Cada voto que fiz ergueu-se em grito
Contra o meu próprio dar demasiado.

Tenho dado de amor mais que coubesse
Nesse meu pobre coração humano
Desse eterno amor meu antes não desse.

Pois se por tanto dar me fiz engano
Melhor fora que desse e recebesse
Para viver da vida o amor sem dano.

Vinícius de Moraes