sexta-feira, 3 de novembro de 2017

PORQUE ENTÃO?



Rude o chão deste meu humilde caminho
que me obriga a morrer de sede
à beira do rio da vida
quando os lilases ainda se abrem perfumando tudo
no correr das tardes mornas serenas e calmas.

Ah! Vontade doida esta
de te gritar este meu cansaço
de te gritar este sonho tímido
que guardo na haste mais alta e verde de mim.

Vem amor
não me deixes partir com os olhos rasos de água
vem antes que eu habite o silêncio inacabável
dormindo sangrando como um poente

porque então
só poderás ler os meus versos e beijar a minha lembrança
na ramagem da brisa alta como num sonho
e só ficarás com a lua branca que te causará frio.

Olha como são suaves os cabelos deste entardecer.

Margarida Sorribas
(Reservados os direitos de autor)
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6 comentários:

  1. Fantástico poema que adorei ler!
    Parabéns

    Bjos
    Uma boa sexta-feira

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  2. Maravilhosa partilha querida amiga ,beijinhos muitas felicidades

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  3. Bom dia, belas metáforas que enfeitaram o poema; Parabéns pela partilha e pela prazerosa leitura.
    Bjss!

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  4. Bom dia amiga! Que versos bem construídos, profundamente sensíveis! Gostei da leitura.
    Tenha um bom dia!
    Abraços!

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