terça-feira, 5 de abril de 2016



O Rosto Do Povo

Hirtas mãos azafamadas
Criativas, tão obreiras
Ergues as redes douradas
Contra as correntes blasfemas
E lavras as sementeiras
Como se fossem poemas
Pinto o céu, uma aguarela
Na beleza me comovo
Visto-me de caravela
Rasgo as lágrimas salgadas
Limpando o rosto do povo
P’las ondas desventuradas
Tu já nasceste um poeta
E fazes da desesperança
As palavras de um profeta
Alentado nos cansaços
E anuncias a mudança
Com molhos verdes de abraços
Tens no cheiro a maresia
Das ânsias da humanidade
Que carregas dia-a-dia
No teu peito tão enraizada
E transportas a saudade
À partida e à chegada


Maria Marques Jacinto

2 comentários:

  1. Maravilhoso poema querida amiga ,já sentia falta de aqui estar neste cantinho maravilhoso ,muito obrigado pelas suas palavras no meu cantinho ,muitos beijinhos no coração .

    ResponderEliminar
  2. MUITO OBRIGADA PELAS LINDAS PALAVRAS
    DEI UM VALENTE QUEDA NAS MINHAS 14 ESCADAS E FIQUEI MUITO MACHUCADA,ESTOU A MELHORAR
    BEIJINHOS

    ResponderEliminar