quinta-feira, 29 de novembro de 2012


Soneto XVII

Pablo Neruda 

Não te amo como se fosses uma rosa ou um topázio
Ou a flecha de cravos, que o fogo lança.
Amo-te como certas coisas escuras devem ser amadas,
Em segredo, entre a sombra e a alma.

Amo-te como a planta que não floresce e carrega,
Escondida dentro de si, a luz de todas as flores.
E, graças ao teu amor, escura no meu corpo
Vive a densa fragrância que cresce da terra.

Amo-te sem saber como ou quando ou de onde.
Amo-te tal como és, sem complexos nem orgulhos.
Amo-te assim porque não sei outro caminho além deste

Onde não existo eu nem tu.
Tão perto que a tua mão no meu peito é a minha mão.
Tão perto que, quando fechas os olhos, adormeço

2 comentários:

  1. No nosso coraçao ha apenas sonhos ,mas so atraves do amor e que o conseguimos concretizar.Tanto amor esbanja nos nossos coraçoes ,apenas precisamos de tempo para acordar este sentimento puro ,silencioso como reflexo da vida que cada um de nos leva.Beijo Betinha

    ResponderEliminar
  2. MEU BOM AMIGO EMANUEL:
    PERMITE QUE TE DIGA:
    PARA DE SONHAR,O AMOR NÃO EXISTE,É PURA DEMAGOGIA!!!
    PERDOA-ME SE EU PENSO ASSIM,

    UM ENORME XI CORAÇAO

    ResponderEliminar