Fernando Correia
18/8 ·
TESTEMUNHO DE UM BISNETO.
18/8 ·
TESTEMUNHO DE UM BISNETO.
DA .
Embora oriundo do Porto, o mestre fotógrafo Eduardo Correia foi um verdadeiro senense de alma e coração. Á nossa Terra, ao conselho e á Serra da Estrela, ele consagrou uma vida de arte e Amor. Mas, que se pode dizer mais além do muito que se escreveu sobre a obra fotográfica desse grande artista que foi Eduardo Correia?
O excelente suplemento da "Voz da Serra “de 29.6.91 todo ele dedicado a duas figuras ilustres da nossa Terra--Eduardo Correia e Luís ferreira Matias--descrevia de modo brilhante a obra e a personalidade do Mestre Fotógrafo, que com a magia da sua câmara de imagens, nesse tempo a preto e branco, divulgou as belezas dos herminios,por esse mundo além.
Desde os longínquos anos vinte que Mestre Eduardo Correia, coleccionou prémios e distinções no País e no estrangeiro.
Quis o destino que a revolução republicana do 5 de Outubro de 1910 fizesse cruzar, Eduardo Correia, nas suas deambulações fotográficas, em Vilar Formoso, com o senense, Artur Costa, irmão do nosso conterrâneo Afonso Costa.
O irmão do caudilho republicano rapidamente convenceu Eduardo Correia a ir para Seia captar imagens dos comícios anti-monárquicos.
O Mestre Fotógrafo, ao deparar com a extraordinária beleza das paisagens Serranas ficou fascinado, e prendeu-se para sempre com os encantos e magia das montanhas gigantescas e dos profundos vales.
Como ninguém mais soube captar com a sua câmara mágica a cor e a luz, a sombra e a vida que emana das alturas serranas. A fotografia do "Pastor Serrano" correu mundo e cobriu-se de fama e glória.
A sua permanente ânsia da perfeição, sem limites de tempo e paciência, resultavam obras-primas nas paisagens dantescas da nossa Serra.
Os Senenses do seu tempo, felizmente ainda alguns, recordam decerto, com emoção e saudade o verdadeiro espectáculo que o Mestre Eduardo Correia, proporcionava ao fotografar os noivos e os convidados...
Por trás do fole da sua velha câmara de tripé (Foto Grande) focava, mirava e ajeitava, mandava levantar as cabeças e abrir sorrisos, ia e vinha a colocar o pessoal na ordem, recomeçava...e exasperava os menos pacientes, até ao clique final do flamejar do magnésio, que assustava os mais pequenos mas exercia efeito impressionante nos menos afoitos...
Olha o passarinho! Olha o passarinho! Toca a sorrir senão levam nas orelhas! E depressa, ou fecho a máquina e acabou-se a festa...
Criançada em vésperas de exames de passagem e serranos em busca de outros mundos da emigração, ou mancebos a ir ´"as sortes" e doutores já de canudo, faziam procissão pela íngreme calçada que levava ao atelier do Mestre Eduardo Correia e que hoje, com toda a justiça, ostenta o seu nome.
Também neste caso em boa verdade se pode dizer que o santuário da fotografia de Eduardo Correia, foi em Seia, uma verdadeira instituição. Mestre Eduardo amava a sua família. Chamou do Porto, os irmãos, também eles consagrados á arte da imagem.
Vieram os filhos, o Gelmirêz-o famoso Mirêz hábil futebolista do Seia Futebol Clube o Raúl, o Eduardo e finalmente o Serafim que com o apoio de sua esposa, Rosinha, empunhou o testemunho e mantém para honra da arte da nossa Terra o prestígio e a qualidade herdados do Mestre Eduardo.
Na galeria dos grandes homens de SEIA O Mestre Eduardo Correia têm o seu merecido lugar.
(Texto extraído do livro "HISTÒRIAS DE SENASERRA" de Hermano M.Santos)
Embora oriundo do Porto, o mestre fotógrafo Eduardo Correia foi um verdadeiro senense de alma e coração. Á nossa Terra, ao conselho e á Serra da Estrela, ele consagrou uma vida de arte e Amor. Mas, que se pode dizer mais além do muito que se escreveu sobre a obra fotográfica desse grande artista que foi Eduardo Correia?
O excelente suplemento da "Voz da Serra “de 29.6.91 todo ele dedicado a duas figuras ilustres da nossa Terra--Eduardo Correia e Luís ferreira Matias--descrevia de modo brilhante a obra e a personalidade do Mestre Fotógrafo, que com a magia da sua câmara de imagens, nesse tempo a preto e branco, divulgou as belezas dos herminios,por esse mundo além.
Desde os longínquos anos vinte que Mestre Eduardo Correia, coleccionou prémios e distinções no País e no estrangeiro.
Quis o destino que a revolução republicana do 5 de Outubro de 1910 fizesse cruzar, Eduardo Correia, nas suas deambulações fotográficas, em Vilar Formoso, com o senense, Artur Costa, irmão do nosso conterrâneo Afonso Costa.
O irmão do caudilho republicano rapidamente convenceu Eduardo Correia a ir para Seia captar imagens dos comícios anti-monárquicos.
O Mestre Fotógrafo, ao deparar com a extraordinária beleza das paisagens Serranas ficou fascinado, e prendeu-se para sempre com os encantos e magia das montanhas gigantescas e dos profundos vales.
Como ninguém mais soube captar com a sua câmara mágica a cor e a luz, a sombra e a vida que emana das alturas serranas. A fotografia do "Pastor Serrano" correu mundo e cobriu-se de fama e glória.
A sua permanente ânsia da perfeição, sem limites de tempo e paciência, resultavam obras-primas nas paisagens dantescas da nossa Serra.
Os Senenses do seu tempo, felizmente ainda alguns, recordam decerto, com emoção e saudade o verdadeiro espectáculo que o Mestre Eduardo Correia, proporcionava ao fotografar os noivos e os convidados...
Por trás do fole da sua velha câmara de tripé (Foto Grande) focava, mirava e ajeitava, mandava levantar as cabeças e abrir sorrisos, ia e vinha a colocar o pessoal na ordem, recomeçava...e exasperava os menos pacientes, até ao clique final do flamejar do magnésio, que assustava os mais pequenos mas exercia efeito impressionante nos menos afoitos...
Olha o passarinho! Olha o passarinho! Toca a sorrir senão levam nas orelhas! E depressa, ou fecho a máquina e acabou-se a festa...
Criançada em vésperas de exames de passagem e serranos em busca de outros mundos da emigração, ou mancebos a ir ´"as sortes" e doutores já de canudo, faziam procissão pela íngreme calçada que levava ao atelier do Mestre Eduardo Correia e que hoje, com toda a justiça, ostenta o seu nome.
Também neste caso em boa verdade se pode dizer que o santuário da fotografia de Eduardo Correia, foi em Seia, uma verdadeira instituição. Mestre Eduardo amava a sua família. Chamou do Porto, os irmãos, também eles consagrados á arte da imagem.
Vieram os filhos, o Gelmirêz-o famoso Mirêz hábil futebolista do Seia Futebol Clube o Raúl, o Eduardo e finalmente o Serafim que com o apoio de sua esposa, Rosinha, empunhou o testemunho e mantém para honra da arte da nossa Terra o prestígio e a qualidade herdados do Mestre Eduardo.
Na galeria dos grandes homens de SEIA O Mestre Eduardo Correia têm o seu merecido lugar.
(Texto extraído do livro "HISTÒRIAS DE SENASERRA" de Hermano M.Santos)
Gostei muito de ler este breve pedaço de história do seu avô ,sabe gostaria muito de ver as fotos dessa época que o seu querido avô fotografou ,beijinhos coração.
ResponderEliminarCARO EMANUEL
ResponderEliminarDESTA ÉPOCA NAO TENHO PQ EU NÃO EXISTIA,ESTA FOI UM LEGADO DE UM PRIMO MEU BISNETO DE MEU AVÔ.BEIJINHOS