sexta-feira, 5 de julho de 2013

SONETO A QUATRO-MÃOS




Soneto a quatro-mãos 

Tudo de amor que existe em mim foi dado
Tudo que fala em mim de amor foi dito
Do nada em mim o amor fez o infinito
Que por muito tornou-me escravizado.

Tão pródigo de amor fiquei coitado
Tão fácil para amar fiquei proscrito
Cada voto que fiz ergueu-se em grito
Contra o meu próprio dar demasiado.

Tenho dado de amor mais que coubesse
Nesse meu pobre coração humano
Desse eterno amor meu antes não desse.

Pois se por tanto dar me fiz engano
Melhor fora que desse e recebesse
Para viver da vida o amor sem dano.

Vinícius de Moraes

6 comentários:

  1. Muito lindo Betinha ,que o amor seja uma constante da vida ,muitos beijinhos

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    1. Obrigada meu amigo Emanuel
      Teremos de fazer do amor,amizade,paixão,uma constante das nossa vidas
      beijinhos

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  2. Um magnífico soneto de amor.
    Belíssima escolha, como sempre.
    Betinha, querida amiga, tem um bom fim de semana.
    Beijo.

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  3. Hoje vim te convidar a visitar o FOLHAS DE OUTONO através do Poema LENTES DO MEU OLHAR!
    Que pode ser considerado uma arte,mas que na realidade revela o movimento que tem o teu olhar.
    Peço desculpas por não poder deixar comentário,mas te espero lá para falar de vida e de lente que faz reinar a beleza da luz ...
    bjs e até minha volta recuperada !

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  4. Boa tarde Severa Cabral
    Muito obrigada pela visita.
    irei certamente.
    bjinho

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  5. Meu amigo Nilson.
    Obrigada pelas tuas palavras,vindo de ti ,considero um elogio!!
    Beijinho e bom domingo

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